Setembro verde: arquiteta baiana cria experiência sensorial e inclusiva aberta ao público

Foto: Gabriela Daltro

Sob a expertise da talentosa arquiteta Natália Coelho, a Casa Aristeu Pires criada por ela no bairro Caminho das Árvores em Salvador se revela como uma ode à inclusão. Cada detalhe foi meticulosamente planejado para proporcionar uma experiência imersiva e significativa, especialmente durante o Setembro Verde, mês dedicado à pessoa com deficiência. Um ambiente projetado que transcende a visão e mergulha profundamente nos sentidos.

No coração desse espaço repleto de memórias, o sisal desempenha um papel fundamental. Recordações marcantes de Aristeu Pires ecoam na forma e aroma dessa fibra vegetal, relembrando os momentos passados ​​na fazenda do avô, onde o sisal era colocado para secar. Essa lembrança é trazida à vida através de um varal de sisal presente no ambiente, que se inicia verde e, ao longo do tempo, seca lentamente, envolvendo o espaço com seu cheiro inconfundível. É uma maneira poética de preservar as memórias e permitir que os visitantes, especialmente aqueles com deficiência visual, possam experimentar o aroma e a atmosfera nostálgica que Aristeu viveu em sua infância.

Mas o toque tecnológico também desempenha um papel crucial nessa experiência única. Natália Coelho, implementou uma visita guiada de alto impacto, utilizando tecnologia de ponta. Através de um sistema de áudio imersivo, os visitantes são guiados pela própria voz da arquiteta, que compartilha detalhes emocionantes sobre cada aspecto do ambiente, conectando-os intimamente com a história e o propósito de cada elemento presente. Essa narrativa envolvente, repleta de sensibilidade e conhecimento, é um convite para mergulhar em um mundo de sensações, onde a arquitetura afetiva ganha vida.

Durante o Setembro Verde, mês de conscientização sobre a pessoa com deficiência, Natália Coelho reafirma seu compromisso em tornar a experiência arquitetônica inclusiva e acessível. O uso do sisal, com seu cheiro característico e sua presença tátil, aliado à tecnologia da visita guiada, proporciona uma experiência sensorial única. Cada visita se torna uma jornada de descoberta, permitindo que pessoas com deficiência visual explorem e apreciem plenamente a beleza e a poesia do ambiente.

Enquanto o mês de Setembro Verde se desenrola, Natália Coelho convida a todos a mergulharem nessa experiência envolvente, onde o sisal e a tecnologia se unem para criar uma conexão profunda entre a arquitetura, as memórias e a inclusão. É uma celebração da pessoa com deficiência e um poderoso desejo de que todos sejam abraçados pela beleza da arte e da arquitetura, independentemente de suas capacidades visuais.

Compartilhar:

Deixe um comentário

Relacionado

×Fechar