A partir de 2025, as Forças Armadas do Brasil passarão a contar com a participação feminina no alistamento militar, uma iniciativa inédita que foi aprovada por consenso entre os comandantes das três forças: Exército, Marinha e Força Aérea Brasileira (FAB).
Para receber as novas recrutas, as Forças Armadas estão planejando a construção de instalações adequadas e adaptadas às necessidades das mulheres. Além disso, será lançada uma campanha com o objetivo de estimular a adesão feminina ao serviço militar, promovendo a igualdade de gênero e demonstrando as oportunidades oferecidas por uma carreira nas Forças Armadas.
O ministro da Defesa, José Múcio, destaca que a incorporação de mulheres será feita de forma gradual. O plano é reservar, inicialmente, 20% das vagas totais para as mulheres. Este percentual visa garantir uma transição equilibrada e eficiente, sem sobrecarregar as estruturas atuais.
Atualmente, aproximadamente 85.000 pessoas ingressam anualmente nas Forças Armadas brasileiras, sendo que o Exército absorve a maior parte desse contingente, com cerca de 75.000 recrutas. A FAB e a Marinha, por sua vez, incorporam 7.000 e 3.000 pessoas, respectivamente. Com a nova política de alistamento, espera-se que a presença feminina aumente progressivamente, enriquecendo a diversidade e a representatividade dentro das Forças Armadas.
