Com informações da Agência Brasil
Em um ato golpista, manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). A invasão começou após a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida.
O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois eles quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa. 
Após a depredação no Congresso, eles invadiram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). No STF, quebraram vidros e móveis.
Os atos terroristas resultaram em imagens absurdas ao longo das últimas horas e perdas ainda incalculáveis no patrimônio público. Em pronunciamento oficial, o presidente Lula, que está na cidade de Araraquara, en São Paulo, falou sobre a barbárie e oficializou a assinatura do decreto de intervenção federal no Distrito Federall.
“Quem fez isso será encontrado e punido. A democracia garante o direito de livre expressão, mas também exige que as pessoas respeitem as instituições. Não tem precedente na história do país o que fizeram hoje. Por isso devem ser punidos”, disse o presidente. “E vamos descobrir quem são os financiadores de quem foi a Brasília hoje, e todos eles pagarão com a força da lei”, concluiu.
Lula também usou a oportunidade para responsabilizar o ex-presidente pelo comportamento de seus apoiadores. “Aproveitaram o silêncio do domingo, quando ainda estamos montando o governo, para fazer o que fizeram. E vocês sabem que existem vários discursos do ex-presidente estimulando isso. E isso também é responsabilidade dele e dos partidos que sustentaram ele”, afirmou.
Lula decreta intervenção federal após atos golpistas
O pronunciamento também anunciou o decreto de intervenção federal na segurança do Distrito Federal. A intervenção está prevista para durar até o dia 31 de janeiro. “O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado no Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão a prédios públicos”, diz o decreto.
O presidente apontou ainda a responsabilidade da segurança pública do Distrito Federal. “Houve eu diria, incompetência, má vontade ou má-fé das pessoas que cuidam da segurança pública do DF. Não é a primeira vez. Vocês vão ver nas imagens que eles [policiais] estão guiando as pessoas na caminhada até a praça dos Três Poderes”, disse o presidente.
